22 de abr. de 2011

Capacitores - Parte 1

Quarta-feira 22/04, véspera de feriado prolongado e eu no Km 60 da Rodovia Anhanguera literalmente parado, nada melhor que o velho e bom VHF para passar o tempo sem perceber, foi assim que comecei um papo com o amigo PU2NBS - Nilton, falavamos sobre capacitores eletrolíticos e o QSO foi fluindo uma maravilha, bem melhor que o trânsito que continuava se arrastando. Relembramos uma porção de detalhes sobre utilidades, medidas e características de alguns capacitores, dai surgiu a idéia deste escrito, para uns aprenderem e para outros relembrarem.

Começando pelo pesquisador que desenvolveu os capacitores, Michael Faraday, de seu nome vem o nome da unidade de medida de capacitância: Farad. De origem inglesa e família humilde (o pai era ferreiro), foi obrigado a trabalhar desde criança, tendo exercido durante algum tempo as profissões de livreiro e encardenador. Lia todos os livros que lhe mandavam encardenar. Com grande habilidade e uma dedicação incomum ao estudo seguiu para à carreira científica. Passou a repetir em sua casa, com os mais rudimentares recursos, as experiências que via nos livros. Quando teve oportunidade de trabalhar em um laboratório, permaneceu ali por mais de 50 anos, 46 deles no mesmo prédio.

Faraday é um dos grandes exemplos de que a produção científica resulta de trabalho metódico e constante e não de inspirações instantâneas. Seus primeiros trabalhos foram estudos sobre cloreto, durante os quais descobriu dois novos cloretos de carbono; conseguiu liquefar muito gases e estudou as ligas de ferro.

Em 1825 descobriu o benzeno e aperfeiçoou técnicas de obtenção de substâncias. Além disso, aperfeiçoou vidros óticos, tendo descoberto em um deles o importante fenômeno de rotação do pano de polarização da luz por ação de um campo magnético. Dedicou-se também à acústica e eletricidade.

As idéias fundamentais que temos hoje em Eletricidade e Magnetismo foram introduzidas por Faraday. que teve o seu nome ligado a uma série de importantes descobertas, principalmente de fenômenos elétricos, que abriram o caminho para os avanços da eletrônico e da eletrotécnica.

Também foi este físico inglês que descobriu a existência do campo elétrico, descoberta fundamental, porque todas as ações de uma carga elétrica são feitas através de seu campo, desde um simples caso de atração de uma outra carga, até as comunicações via satélite. Antes de Faraday, os físicos pensavam que as forças eletrostáticas eram exercidas diretamente entre as cargas, "à distância", sem considerarem o meio.

Entre as importantes descobertas de Faraday, destacam-se as em dielétricos, condensadores , indução eletrostática, condução de eletricidade pelos líquidos e em eletromagnetismo. Inventou o primeiro motor elétrico.

Em 1.831, Faraday colocou duas bobinas próximas e fez passar corrente por uma delas. Quando abria e fechava o circuito da primeira observou que pela outra também passava uma corrente: era a descoberta da indução eletromagnética (o campo magnético da primeira bobina induzia corrente na segunda).

Nos anos seguintes, esclareceu os diversos casos da indução, com campo magnético produzido por ímã ou por bobina, entre outros. Dois anos após a descoberta desse fenômeno, Friedrich Emil Lenz estabeleceu a lei que permite conhecer o sentido da corrente elétrica. A partir de então, começaram a construir os geradores mecânicos para obtenção de corrente elétrica, que antes só era fornecida por pilhas. Mas, a fabricação em grande escala de dínamos começou mais tarde, em 1.867, quando Werner Von Siemens inventou um método prático para a produção do campo magnético no interior dessas máquinas.

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